Por que e como investir no e-commerce durante a quarentena?

A pandemia de coronavírus pegou o comércio de surpresa. As medidas de isolamento social culminaram no fechamento de lojas, centros comerciais e shoppings de todo o país. A única maneira de vender foi por meio dos computadores. Com isso, o e-commerce se tornou a forma de manter as lojas ativas.

 

Um estudo da BoaVista descobriu que, antes da pandemia, o e-commerce representava apenas 10% do faturamento de 42% das empresas brasileiras. Basicamente, quatro em cada dez empresas brasileiras não faturam uma receita satisfatória com as vendas on-line.

 

Muitos empreendedores que se beneficiam com um bom ponto de venda em centros comerciais urbanos apostam apenas nesse formato. Porém, com a pandemia, eles tiveram de se adaptar rápido ao comércio on-line para continuarem faturando.

Motivos para investir no e-commerce durante a pandemia

O e-commerce virou praticamente a única forma de venda viável em tempos de quarentena. As vendas on-line são o que estão mantendo a maior parte das empresas ativas. O crescimento do faturamento do e-commerce já foi percebido na Páscoa, no Dia das Mães e deve se confirmar no Dia dos Namorados.

 

Segundo os dados da Apas (Associação Paulista de Supermercados), as compras on-line de supermercados paulistas aumentam 81% na semana da Páscoa. Dados da Compre&Confie apontam um aumento de 117% no faturamento do e-commerce no Dia das Mães deste ano em relação a 2019.

 

Num momento em que as primeiras cidades brasileiras discutem uma reabertura gradual da atividade econômica, ainda não é possível pensar na volta maciça do público às compras. Assim, a e-commerce deve perdurar por bastante tempo como a principal forma de compra.

 

Os hábitos de consumo estão mudando e é preciso acompanhar o mercado para evitar os efeitos negativos da crise. Investir no e-commerce é uma necessidade dos comerciantes nesse momento, sendo esta praticamente a única maneira de continuar faturando em meio à crise.

 

Um relatório sobre e-commerce produzido pela Elo em parceria com a Ebit Nielsen mostrou que, entre a segunda quinzena de março e o fim de abril, as vendas no e-commerce cresceram 48,3%.

Redes sociais e WhatsApp têm sido usados como plataformas de venda na quarentena

Sem ter dinheiro e tempo para desenvolver um e-commerce estruturado para continuar vendendo na quarentena, muitos comerciantes estão aprimorando suas redes sociais para cultivar sua audiência e vender por mensagem direta ou por meio do WhatsApp.

 

Esses aplicativos estão sendo importantíssimos para as vendas durante a pandemia. Principalmente, para quem ainda não atuava no e-commerce antes da crise. Muitos empreendedores estão apostando na criação de conteúdo e promoções nas redes sociais.

 

Por lá, eles também estão recebendo os pedidos e fechando suas vendas. O contato com o público pelas redes sociais e pelo WhatsApp é bem facilitado, simples e de baixo custo. Para quem não tem como investir em um e-commerce mais completo, as redes sociais são a melhor opção neste período.

Empreendedores estão apostando em marketplace para continuar vendendo

Outro tipo de plataforma que tem crescido no período de quarentena são os marketplaces. Estes portais compilam produtos de diversas lojas. Existem grandes empresas no ramo de marketplace como a Americanas.com, as Casas Bahia e o Magazine Luiza.

 

Os marketplaces se espalham por diversos segmentos. Estas plataformas chamam atenção porque prometem expor produtos de lojas menores para o grande público. Esse é um tipo de negócio excelente para novos comércios ainda sem clientela formada.

 

Com produtos no marketplace, novos negócios podem expor seu trabalho para um público que, de início, não alcançariam. Apesar de muita concorrência dentro dos marketplaces, estas plataformas recebem milhões de acesso por mês e isso aumenta as chances de vendas.